Manual de Sobrevivência Alimentação: muito mais que delivery para driblar a crise

Você já parou pra pensar em tudo que mudou na sua rotina nesse mais de um ano de pandemia de Covid-19? Quem trabalha no setor de alimentação teve que expandir as barreiras do espaço físico para o digital e, nessa transição, dois ingredientes foram fundamentais para engrossar o caldo do negócio: o serviço de delivery e as redes sociais. Mas, para sobreviver à tantas adversidades é preciso muito mais que isso!

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Segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), três em cada dez negócios voltados à alimentação fora do lar fecharam suas portas ao longo de 2020. As estatísticas só comprovam as dificuldades que o setor teve que superar. O pequeno empreendedor precisou lançar mão de toda sua criatividade e recursos financeiros para se manter ativo durante um período de muita turbulência econômica.

Não existe uma fórmula mágica à qual os negócios que conseguiram escapar das estatísticas negativas se agarraram. Aliás, se alguém aparecer com essa promessa, fuja que é cilada, Bino!

Mas queremos contar aqui duas histórias de superação que podem te inspirar e, ao mesmo tempo, listar 2 atitudes que podem salvar o seu negócio.

Vamos nessa?

2 lições de empreendedorismo pra levar para a vida

Imagine você investir tudo em um negócio e a pandemia chegar 72 dias depois te obrigando a repensar todos os seus planos? Foi isso que aconteceu com Tato Peleteiro, o empreendedor à frente da Tato a Mano, uma padaria de fermentação natural. Engenheiro civil de formação, ele pendurou o diploma quando entendeu que ser padeiro era a sua verdadeira vocação.

Depois de trabalhar durante quase dois anos em padarias para aprender o ofício, já que os cursos específicos eram muito caros, ele se viu em uma encruzilhada que o obrigou a abrir o seu próprio negócio. Assim como todo mundo, Tato se desesperou com o anúncio do primeiro lockdown mas logo reagiu e começou a bolar um plano para seguir em frente.

A primeira coisa que ele fez foi negociar o aluguel do ponto e conseguiu baixar R$ 400 do valor total. Em seguida, começou a focar nas vendas por WhatsApp e nas redes socias, e logo já tinha uma produção fixa de 25 a 30 pães por dia. Porém, o preço de todos os seus insumos subiram e ele teve que cobrar a mais pelo seu produto. Nesse momento, o desespero bateu outra vez. Será que as pessoas iam continuar comparando os seus pães de fermentação natural com tanta oferta de pães mais baratos na região?

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Acredite no seu produto

E é aí que entra a nossa primeira lição. O Tato acreditou na qualidade do seu produto e as pessoas foram comprando cada vez mais. O que era uma produção de, no máximo, 30 pães por dia, subiu para 70 (150 no sábado, que é o dia mais movimentado).

Ele precisou envolver mais pessoas na operação e contratou um motoboy para fazer o delivery, assim ele conseguiu ficar totalmente focado na produção e gestão do negócio.

Quer saber mais detalhes? Você confere toda a história de volta por cima do Tato no podcast Superar, uma iniciativa da SuperGet junto com Adriana Barbosa, criadora da Feira Preta. Dá o play!

Invista no relacionamento com o cliente 

O Eric Martins e a Marina Paixão Jordão, do Matuta Café, projeto que une gastronomia, cultura e sustentabilidade, também sentiram o baque da pandemia. Depois de um ano fazendo parcerias com alguns cafés no centro de São Paulo, no qual eles ocupavam o espaço para vender os seus produtos de café da manhã, eles decidiram abrir o seu próprio negócio. O casal estava cheio de projetos, com participações em feiras veganas já agendadas, mas, em março de 2020, todos os planos foram interrompidos.

Por sorte, eles já haviam começado a vender por delivery alguns produtos avulsos, como queijos e bolos, mas ainda não tinham estruturado muito bem esse serviço. Com o tempo, criaram combos de café da manhã e brunch para aumentar o ticket médio das vendas e para oferecer uma experiência mais completa para os seus clientes.

Aliás, a preocupação com a experiência do cliente é o grande diferencial do Matuta. O casal transformou toda a sua rotina para poder estar mais perto do seu público-alvo. Os dois deixaram suas casas na zona leste de São Paulo e foram morar juntos no centro, região onde está concentrada boa parte da sua clientela. Dessa forma, substituíram o carro (emprestado da mãe da Marina) que usavam para fazer entregas por bikers, reforçando ainda mais o propósito de sustentabilidade da marca. Agora, os clientes também podem fazer a retirada do pedido no local.

A Marina ressalta que o trabalho não acaba na entrega do produto. “A gente conversa muito com o cliente pelo WhatsApp e eles sentem que tem alguém ouvindo o que ele quer e precisa. Isso foi muito bom para fortalecer o relacionamento, pra conhecer mais de perto o nosso cliente, entender quais são os produtos que fazemos melhor e focar neles”.

Recentemente, eles lançaram um clube de assinatura de queijos, no qual os clientes podem escolher entre 3 combos: 3 queijos surpresa, 3 queijos surpresa + 1 acompanhamento ou 4 queijos surpresa +1 acompanhamento. 

Apostando na força das datas sazonais e em um trabalho muito bem-feito nas redes sociais (contando até com influencers em ocasiões especiais), o Matuta conseguiu manter e até aumentar os clientes no ultimo ano.

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