Manual de Sobrevivência Alimentação: muito mais que delivery para driblar a crise

0
101
delivery

Você já parou pra pensar em tudo que mudou na sua rotina nesse mais de um ano de pandemia de Covid-19? Quem trabalha no setor de alimentação teve que expandir as barreiras do espaço físico para o digital e, nessa transição, dois ingredientes foram fundamentais para engrossar o caldo do negócio: o serviço de delivery e as redes sociais. Mas, para sobreviver à tantas adversidades é preciso muito mais que isso!

Você também pode se interessar: Manual de sobrevivência: saiba como manter o seu restaurante funcionando

Segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), três em cada dez negócios voltados à alimentação fora do lar fecharam suas portas ao longo de 2020. As estatísticas só comprovam as dificuldades que o setor teve que superar. O pequeno empreendedor precisou lançar mão de toda sua criatividade e recursos financeiros para se manter ativo durante um período de muita turbulência econômica.

Não existe uma fórmula mágica à qual os negócios que conseguiram escapar das estatísticas negativas se agarraram. Aliás, se alguém aparecer com essa promessa, fuja que é cilada, Bino!

Mas queremos contar aqui duas histórias de superação que podem te inspirar e, ao mesmo tempo, listar 2 atitudes que podem salvar o seu negócio.

Vamos nessa?

2 lições de empreendedorismo pra levar para a vida

Imagine você investir tudo em um negócio e a pandemia chegar 72 dias depois te obrigando a repensar todos os seus planos? Foi isso que aconteceu com Tato Peleteiro, o empreendedor à frente da Tato a Mano, uma padaria de fermentação natural. Engenheiro civil de formação, ele pendurou o diploma quando entendeu que ser padeiro era a sua verdadeira vocação.

Depois de trabalhar durante quase dois anos em padarias para aprender o ofício, já que os cursos específicos eram muito caros, ele se viu em uma encruzilhada que o obrigou a abrir o seu próprio negócio. Assim como todo mundo, Tato se desesperou com o anúncio do primeiro lockdown mas logo reagiu e começou a bolar um plano para seguir em frente.

A primeira coisa que ele fez foi negociar o aluguel do ponto e conseguiu baixar R$ 400 do valor total. Em seguida, começou a focar nas vendas por WhatsApp e nas redes socias, e logo já tinha uma produção fixa de 25 a 30 pães por dia. Porém, o preço de todos os seus insumos subiram e ele teve que cobrar a mais pelo seu produto. Nesse momento, o desespero bateu outra vez. Será que as pessoas iam continuar comparando os seus pães de fermentação natural com tanta oferta de pães mais baratos na região?

Você também pode se interessar: 3 dicas de como vender pelo WhatsApp

Acredite no seu produto

E é aí que entra a nossa primeira lição. O Tato acreditou na qualidade do seu produto e as pessoas foram comprando cada vez mais. O que era uma produção de, no máximo, 30 pães por dia, subiu para 70 (150 no sábado, que é o dia mais movimentado).

Ele precisou envolver mais pessoas na operação e contratou um motoboy para fazer o delivery, assim ele conseguiu ficar totalmente focado na produção e gestão do negócio.

Quer saber mais detalhes? Você confere toda a história de volta por cima do Tato no podcast Superar, uma iniciativa da SuperGet junto com Adriana Barbosa, criadora da Feira Preta. Dá o play!

Invista no relacionamento com o cliente 

O Eric Martins e a Marina Paixão Jordão, do Matuta Café, projeto que une gastronomia, cultura e sustentabilidade, também sentiram o baque da pandemia. Depois de um ano fazendo parcerias com alguns cafés no centro de São Paulo, no qual eles ocupavam o espaço para vender os seus produtos de café da manhã, eles decidiram abrir o seu próprio negócio. O casal estava cheio de projetos, com participações em feiras veganas já agendadas, mas, em março de 2020, todos os planos foram interrompidos.

Por sorte, eles já haviam começado a vender por delivery alguns produtos avulsos, como queijos e bolos, mas ainda não tinham estruturado muito bem esse serviço. Com o tempo, criaram combos de café da manhã e brunch para aumentar o ticket médio das vendas e para oferecer uma experiência mais completa para os seus clientes.

Aliás, a preocupação com a experiência do cliente é o grande diferencial do Matuta. O casal transformou toda a sua rotina para poder estar mais perto do seu público-alvo. Os dois deixaram suas casas na zona leste de São Paulo e foram morar juntos no centro, região onde está concentrada boa parte da sua clientela. Dessa forma, substituíram o carro (emprestado da mãe da Marina) que usavam para fazer entregas por bikers, reforçando ainda mais o propósito de sustentabilidade da marca. Agora, os clientes também podem fazer a retirada do pedido no local.

A Marina ressalta que o trabalho não acaba na entrega do produto. “A gente conversa muito com o cliente pelo WhatsApp e eles sentem que tem alguém ouvindo o que ele quer e precisa. Isso foi muito bom para fortalecer o relacionamento, pra conhecer mais de perto o nosso cliente, entender quais são os produtos que fazemos melhor e focar neles”.

Recentemente, eles lançaram um clube de assinatura de queijos, no qual os clientes podem escolher entre 3 combos: 3 queijos surpresa, 3 queijos surpresa + 1 acompanhamento ou 4 queijos surpresa +1 acompanhamento. 

Apostando na força das datas sazonais e em um trabalho muito bem-feito nas redes sociais (contando até com influencers em ocasiões especiais), o Matuta conseguiu manter e até aumentar os clientes no ultimo ano.

Gostou das nossas dicas? Conte com as soluções de pagamento da Getnet para ser sua parceira nessa jornada. Você pode contratar as nossas soluções de pagamento pelo site, por meio das agências Santander ou pela nossa Central de Relacionamento (4002 4000 e 4003 4000- regiões metropolitanas ou 0800 648 8000- demais localidades). 

Confira outros artigos da série “Manual de Sobrevivência”:
Manual de Sobrivência do pequeno negócio: Estética e Beleza
Manual de Sobrevivência do pequeno negócio: loja de roupas e acessórios